Kompozicinė „Statuto“ sandara skiriasi nuo „Krikšto“, ji stabili – klestinti Valstybė, įstatymai reguliuoja kunkuliuojantį valstybės gyvenimą. Į Lietuvą veržiasi Renesanso idėjos.
Kompozicijos vidury soste – Žygimantas Senasis su antrąja savo žmona Bona Sforza. (Mūsų karalienės Sforzos tėviškėje – Milane Sforzų rūmuose – Leonardo da Vinci freskos...)
Šalia tėvų soste vaizduojamas jaunasis princas Žygimantas Augustas, prieš Lenkijos valią paskelbtas Lietuvos didžiuoju kunigaikščiu.
Žygimantas Senasis Pirmajame Statute įtvirtino monarcho teises, tačiau visai netrukus, Antrajame Statute, bajorai apribojo karaliaus valdžią ir įtvirtino savo privilegijas bei laisves. Lietuvos bajorai lenkų bajorų pavyzdžiu išplėšė sau privilegijas tada, kai Lietuva kariavo su Maskva, kai valstybės iždas tuštėjo, o karalius sunkiai surinko ir išlaikė kariuomenę. Gal tai ir buvo viena Lietuvos saulėlydžio priežasčių, kai bajorų laisvės tapo svarbiau už valstybės reikalus.
Priekyje stovintis riteris su vėliava – tikrasis Statuto iniciatorius, Valstybės kancleris Albertas Goštautas, šalia jo kairėje – žymūs Lietuvos didikai, talkinę rengiant Statutą – Juodasis ir Rudasis Radvilos.
Paveiksle yra alegorinių figūrų: karališkojo stumbro sutramdymas – karaliaus valdžios apribojimo metafora, apnuogintos jojikės: ant karališkojo stumbro – lietuvaitė, ant balto žirgo – lenkaitė reiškia ne tik renesansinės dvasios skverbimąsi į Lietuvą, bet ir šių valstybių suartėjimą ir uniją.
Siekdamas autentiškumo struktūrinę paveikslo kompoziciją kūriau remdamasis Aleksandro Jogailaičio laikų spalvotu medžio raižiniu.
Statutas buvo parašytas senąja gudų kalba, kuri tuo metu LDK turėjo oficialios valstybinės kalbos statusą.
Giedrius Kazimierėnas
PT
A estrutura composicional do “Estatuto” é diferente do “Baptismo”. É estável: o estado está num período próspero e as leis regulam uma vida vibrante. As ideias do Renascimento estão inundando a Lituânia.
No meio desta composição, no trono, está Sigismund o Velho com a segunda esposa, Bona Sforza. (Na cidade nativa de Bona, Milão, no palácio dos Sforzas, há frescos de Leonardo da Vinci.)
Ao lado dos pais, num trono, está o príncipe Sigismund Augustus, ainda jovem. Contra a vontade da Polónia, ele foi proclamado Grão-Duque da Lituânia.
No Primeiro Estatuto, Sigismund, o Velho, consolidou os direitos do monarca, mas pouco tempo depois, no Segundo Estatuto, a nobreza limitou o poder do Grão-Duque e estabeleceu os seus próprios privilégios e liberdades. A nobreza lituana, seguindo o exemplo dos seus homólogos polacos, aumentou os seus privilégios quando a Lituânia estava em guerra com Moscovo, quando a tesouraria estatal estava quase vazia e quando o Grão-Duque tinha dificuldades na união e manutenção do exército. Talvez tenha sido esta, uma das razões para o declínio da Lituânia, quando as liberdades da nobreza ficarem mais importantes do que o bem-estar do estado.
O cavaleiro numa posição de destaque com uma bandeira, é o verdadeiro iniciador do Estatuto e trata-se do chanceler Albertas Goštautas. Ao lado dele à esquerda estão os eminentes nobres lituanos que ajudaram a escrever o Estatuto – Radvila “o Preto” e Radvila “o Moreno”.
Este quadro contém figuras alegóricas: a subjugação do bisonte europeu é uma metáfora para a limitação do poder do Grão-Duque, as cavaleiras nuas – uma mulher lituana no bisonte e uma polaca no cavalo branco – não só expressam a penetração do espírito de Renascimento na Lituânia mas também a coalescência e a união destes dois estados. Procurando a autenticidade, baseei a composição estrutural deste quadro numa escultura de madeira colorida dos tempos de Alexander Jagiellon.
O Estatuto foi escrito na língua bielorussa antiga que naquele tempo era a língua oficial do Grão-Ducado da Lituânia.
Giedrius Kazimierenas