Mindaugą karūnavus prasidėjo lietuvių krikštijimas. Iš istorijos šaltinių matyti, kad Lietuvos krikštas vyko ilgai, buvo prieštaringas, paremtas žiauria prievarta ir sudėtinga diplomatija. Kunigaikštis Mindaugas apsikrikštijo 1250 m. Po trejų metų, 1253-iaisiais, jam ant galvos buvo uždėta paties popiežiaus palaiminta karūna. Pagal viduramžių tradicijas buvo laikoma, kad, apkrikštijus šalies valdovą, tampa apkrikštyta visa valstybė. Vis dėlto Lietuvos krikštas baigėsi tik 1413 metais – atkaklūs žemaičiai dar ilgai nenorėjo atsisakyti savo pagoniškųjų dievų, taigi jis truko mažiausiai apie 200 metų, o pagoniškosios kultūros apraiškos dar ilgai ir po to gyvavo Lietuvos kaimuose...
Skausmingas pagoniškosios Lietuvos virsmas krikščioniškosios Vakarų civilizacijos dalimi yra esminis emocinis ir ideologinis kompozicijos sandas. Pagonybė šiame paveiksle – ne primityvios, atsilikusios visuomenės ženklas, o savita senąja aisčių kultūra pagrįsta harmoninga civilizacija. Fantasmagorinės būtybės – ne tik viduramžių estetikai būdingi gryliai, bet ir postmodernios kultūros labiau intuityviai nei logiškai suvokiami ženklai. Jos reiškia ne tik kryžiuočių invaziją, tačiau turi ir platesnę – „civilizacijos eksperto“ – reikšmę šiuolaikiniame pasaulyje.
Paveikslo architektonikos pagrindą sudaro šventos giraitės – „alko“ medžių-kolonų ritmika, sujungta į savotišką „architektūrinį skliautą“. Tai ne tik į viduramžių estetiką iš arabų kultūros atkeliavę „pynimai“, bet ir šventovės, valstybės kūrimo metafora. Aukuras, sidabrinės mūsų matematikų apskaičiuotos kalendorinės plokštės, vėliava, išrašyta senąja mūsų raštija – runomis, anot to meto bažnytininkų, yra velnio raštija, todėl buvo negailestingai naikinama.
Krikštyta masiškai, ištisais kaimais, paskatinti buvo dovanojami drobiniai marškiniai, tais laikais – didelė vertybė. Daugelis krikštijosi tik dėl marškinių...
Paveikslo vidury – tarsi skausmingai pervertas kryžiaus karalius Mindaugas dėl Lietuvos išlikimo: siekdamas apsaugoti Lietuvą nuo nesiliaujamo kryžiuočių puolimo, atsisakė senosios savo ainių religijos ir priėmė naują tikybą – krikščionybę.
Giedrius Kazimierėnas
PT
A conversão da Lituânia começou com a coroação de Mindaugas. Arquivos históricos mostram que a conversão da Lituânia levou muito tempo, não foi um procedimento simples, e envolveu coerção cruel e a diplomacia complicada. O Duque da Lituânia Mindaugas foi baptizado em 1250. Três anos depois, em 1253, uma coroa abençoada pelo papa foi colocada na sua cabeça. De acordo com a tradição medieval, quando um rei era baptizado, também o país inteiro considerava-se baptizado. No entanto, a conversão da Lituânia não foi concretizada até 1413, porque os teimosos Samogitianos recusaram renunciar os seus deuses pagãos durante muito tempo. Assim, o processo de conversão durou pelo menos duzentos anos, mas manifestações de cultura pagã continuaram a existir por muito tempo nas aldeias da Lituânia...
A transformação dolorosa da Lituânia pagã numa civilização Cristã Ocidental é a essencial componente emocional e ideológica desta composição. O paganismo neste quadro não é uma marca de uma sociedade primitiva e atrasada, mas é a marca de uma civilização harmoniosa e distintiva, fundada na velha cultura dos Aestianos. As criaturas fantasmagóricas não só incluem as características estéticas medievais mas também os símbolos que são compreendidos intuitivamente e não logicamente pela cultura pós-moderna. Estas criaturas não só expressam a invasão dos Teutónicos como também têm um significado mais largo no mundo de hoje, a do “perito da civilização”.
A base arquitectónica deste quadro consiste no ritmo dos troncos de árvore de um arvoredo sagrado, unidos num tipo de abóbada arquitectural. Estes não são só os entrelaçamentos que entraram nas estéticas medievais da cultura árabe mas são também uma metáfora do santuário e do estabelecimento do estado. Também aqui encontramos um altar, os pratos prateados do calendário calculado pelos nossos matemáticos, e uma bandeira com inscrições rúnicas, a nossa velha escrita. De acordo com os clérigos daquele tempo, esta era a escrita do diabo, e assim, foi destruída cruelmente.
As pessoas foram baptizadas em massa, as aldeias inteiras, de uma só vez. Para as encorajar, eram dadas camisas de linho, muito valorizadas naquela época. Muitos aceitaram o baptismo só devido às camisas.
O Rei Mindaugas está no meio do quadro, dolorosamente perfurado por uma cruz, por causa da sobrevivência da Lituânia. Para proteger a Lituânia dos ataques intermináveis dos Teutónicos, ele renunciou à velha religião dos seus antepassados e aceitou uma nova fé – o Cristianismo.
Giedrius Kazimierenas